terça-feira, 10 de novembro de 2009

Uma breve história da internet.

A internet em 2015.

Este vídeo, feito em 2004 - originalmente com o nome "EPIC 2014" - foi criado pelos jornalistas americanos Matt Thompson, do Star Tribune, e Robin Sloan, da emissora de TV por satélite Current. É interessante pensarmos que para termos um futuro melhor com a internet (com um conteúdo mais útil e democrático) ou um futuro pior (cheia de informações superficiais ou falsas) depende do rumo que dermos a ela desde agora.

Bollywood: O Cinema que vem da Índia.

O repórter Franthiesco Ballerini, do Jornal da Tarde, esteve nos estúdios da ''Hollywood'' oriental e conta para Felipe Machado os segredos da indústria cinematográfica da Índia



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Estados Unidos: a indústria do entretenimento que cativa o mundo.

Em nenhum lugar do mundo a indústria do entretenimento é tão poderosa e rentável como é nos Estados Unidos. Das 100 maiores bilheterias do cinema de todos os tempos, 93 são produções exclusivamente americanas. Os EUA detêm 25% do mercado mundial de filmes e um terço das vendas do mercado fonográfico mundial está concentrado no mercado americano. Anualmente, os 300 parques temáticos americanos arrecadam 14 bilhões de dólares – cerca de quatro vezes a receita gerada pelos turistas estrangeiros no Brasil, por exemplo. É curioso notar que a indústria do entretenimento americana não é valiosa apenas pelo que arrecada ao redor do mundo – os americanos ainda são os maiores consumidores de seus próprios produtos. Um terço das vendas de CDs do mundo, por exemplo, acontece dentro do próprio país. Metade do faturamento de Hollywood é doméstico.



Ainda assim, para sobreviver é essencial a essa indústria ganhar o mundo. Para tanto, o cinema é a principal arma. Os EUA têm em Hollywood, desde os anos 20, a comissão de frente de sua força cultural. É através do cinema que se açula o gosto dos fregueses estrangeiros a abre-se caminho para novas fontes de lucro. De acordo com dados da Associação de Filmes da América (MPAA, na sigla em inglês), em 2007, as produções americanas arrecadaram 26,7 bilhões de dólares – destes, 17,1 bilhões exclusivamente em bilheterias no exterior. Em relação a 2006, houve um aumento de 4,9% nas bilheterias americanas ao redor do mundo.


A influência e o sucesso comercial do cinema dos EUA são tão grandes que o governo de alguns países, como a França, chega a lançar mão de medidas restritivas para proteger as produções nacionais da invasão americana. Graças aos esforços do governo francês, os filmes de Hollywood hoje formam apenas um terço do que é lançado no país.

Música









O sucesso da indústria musical não fica atrás. O país é uma fábrica de popstars. Michael Jackson, Madonna e Britney Spears são alguns exemplos – Michael talvez o maior deles. Nenhum outro artista das últimas décadas gerou tanto dinheiro quanto o cantor. Estima-se que tenha faturado algo em torno de 1 bilhão de dólares em sua carreira, tendo sido um dos artistas mais ricos do planeta durante vários anos. Somente com o álbum Thriller, vendeu 50 milhões de cópias em todo o mundo. Já Madonna, somente em 2007, ganhou 72 milhões de dólares e ficou no topo do ranking da revista Forbes como a cantora de maior faturamento. A lista trazia ainda sete americanas entre as dez primeiras posições. Das 100 músicas mais tocadas pelas rádios brasileiras em 2007, 46 são de artistas americanos - inclusive o primeiro lugar, da cantora Fergie, com Big Girls Don’t Cry.


A força da música americana não está apenas no aspecto comercial. Seu principal mérito é mesmo o artístico. Nos Estados Unidos nasceram estilos como o blues, o jazz, o rock and roll e o rap. O primeiro surgiu no começo do século 20, na cidade de New Orleans, e o segundo em 1950 - seu principal difusor foi Elvis Presley. Outro gênero difundido entre os americanos é o country, uma mistura de sons ingleses, escoceses e irlandeses, que surgiu em 1920 e perde, em popularidade no mercado interno americano, apenas para o rock.


Televisão







Os programas de TV americanos também são os mais vistos do planeta. As séries cômicas de TV, as chamadas sitcoms (termo que deriva de "comédia de situação") fazem muito sucesso no país e fora dele. Friends, Simpsons, Sex and The City, Lost e Desperate Housewives são alguns exemplos do fenômeno. Apenas um episódio do seriado sobre as donas-de-casa desesperadas de Wisteria Lane chega a ser vendido por 2 milhões de dólares para a Europa. As séries estão entre as principais atrações da TV a cabo brasileira e, em alguns casos, fazem bonito também nas emissoras abertas. 24 Horas, por exemplo, já chegou a obter média de 11 pontos no Ibope nos fins de noite da TV Globo.

Arte e Arquitetura







Outra contribuição dos americanos foi a invenção dos arranha-céus, na arquitetura. Em São Paulo, por exemplo, um dos pontos turísticos do centro da cidade – o prédio do Banespa – é totalmente inspirado no nova-iorquino Empire State Building. Na literatura, o mercado consumidor é um dos maiores do mundo. Gêneros como o de auto-ajuda vendem como água no país.


Os primeiros autores desse gênero encontraram terreno fértil nos Estados Unidos da Grande Depressão. Depois de tentar em vão uma carreira de ator, o pioneiro Dale Carnegie começou a ganhar a vida ministrando cursos de comunicação nas filiais da Associação Cristã de Moços de Nova York. Lançado em 1937, seu livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas vendeu até hoje 50 milhões de exemplares em todo o mundo. Trata-se de um mercado imenso. Apenas em 2001, as editoras americanas lançaram cerca de 3.500 títulos e faturaram 600 milhões de dólares com o gênero.


Outros movimentos, como o dos poetas beatniks e o new jornalism, tiveram também grande repercussão mundial. Todos esses ícones da cultura americana transformaram-se, com o tempo, em negócios rentáveis, que representam para o país muito mais do que simples formas de entretenimento, mas uma poderosa indústria que move bilhões de dólares todos os anos.



Potência esportiva



No esporte, o país contribuiu com a invenção do beisebol, em 1860, que virou o passatempo nacional dos americanos. Em segundo lugar no gosto da nação está o basquete, criado em 1891 e praticado atualmente por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, 750 milhões de casas, em 205 países, recebem as transmissões ao vivo da temporada da liga profissional americana de basquete, a NBA.
Os Estados Unidos estiveram entre os três primeiros no quadro de medalhas nas 22 edições das Olimpíadas que disputaram até hoje - 806 medalhas de ouro foram conquistadas pela equipe americana na história dos Jogos. Oito dos dez esportistas mais bem pagos do mundo são dos Estados Unidos. O golfista Tiger Woods é o primeiro americano da lista, com faturamento anual estimado em 41 milhões de dólares.
Fonte: Veja

Metallica x Napster


Shawn Fanning pode não ser lembrado pelos milhares de usuários que hoje compartilham músicas em MP3 pela internet - mas ele é um dos protagonistas da história que começou com uma brincadeira em um computador na faculdade, passou por processos judiciais de gigantes da indústria musical e terminou na constatação de que a mercado tradicional da música (venda de CDs, discos, etc.) jamais será o mesmo.


Fanning tinha apenas 18 anos quando criou, em 1999, o Napster, programa pioneiro de compartilhamento de arquivos sonoros. O nome veio do apelido que tinha na faculdade; a idéia, da vontade de dividir música com os amigos. O Napster alcançou patamares não imaginados na época, se tornando uma espécie de febre entre usuários da internet - e uma praga para bandas, gravadoras e órgãos reguladores.Quando a aceitação da idéia de Fanning tornou-se indiscutível (no auge, o Napster chegou a contar com 50 milhões de usuários), começaram as brigas.


O Metallica de James Hetfield e Lars Urich encabeçou uma luta contra Fanning e seu produto, entrando com um processo na primeira quinzena de abril de 2000. O ícone do metal não imaginava que todos os esforços acabariam sendo em vão - é possível encontrar dezenas de programas que se utilizam do mesmo princípio para o compartilhamento de arquivos - a rede P2P, ou peer-to-peer.



A maior gafe da músicaOs problemas começaram no mesmo ano em que o Napster nasceu, quando a RIAA (Recording Industry Association of America, algo como "Associação da Indústria de Gravadoras da América") processou Fanning por "facilitar a infração de direitos autorais".Mas foi com a entrada do Metallica na discussão que o caso explodiu - a banda combateu, ao lado de outros artistas, a "ameaça" (quebra de direitos dos artistas, que tinham seu trabalho oferecido gratuitamente pelo programa) do Napster, com advogados e declarações na imprensa.



A vitória foi, inicialmente, do lado da indústria - os servidores do Napster foram fechados em 2001. Mas de acordo com veículos especializados, a união de gravadoras, bandas e instituições contra o Napster foi a maior gafe da música. Juntar-se a Fanning para tentar criar uma alternativa - como a venda de músicas em arquivos digitais, a exemplo de redes como o iTunes - teria sido a opção mais inteligente, já que o fim do Napster não teve nenhum impacto no número de downloads de músicas grátis.



Pelo contrário, a circulação de música pela rede mundial sem controle comercial só aumentou.Em 2006, a criação de Fanning (comprada em 2002 por um grupo que passou a vender músicas para os usuários) voltou à rede com um novo programa para comercialização e reprodução de músicas on-line. O serviço não está disponível no Brasil.